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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RICO LOPES

 

Rico Lopes é Henrique Lopes, psicanalista e escritor. Diretor executivo da Casa da Cultura Digital e integrante do Coletivo e/ou, por meio do qual publicou contos nas antologias As dores de Josefa (2016) e o O olhar inaudível (2020). É autor da fotozine Veludo azul (2018) e coautor da zine Agite antes de usar (2019). Amante da fotografia mobile, emoldura pedaços do mundo no instagram

 

 

LOPES, Rico.   RifleGoiânia, ÇGO: Naduk, NegaLilu, 2020. 
112 p,  ilus. fotos. 16 x 23 cm.   Fotos do autor.  Capa: Alanna Oliva.
ISBN  978-65-992165-0-3     Ex. bibl. Zenilton Gayoso

 

Rifle teve sua concepção em movimento. Nas andanças de Rico Lopes, atmosferas urbana e marítima afinam a mira poética do autor, instigando a escrita de poemas criados a partir de afetos pela paisagem.                                                 Texto extraído de negalilu.com.br

 

 

 

Sobre andorinhas & cardumes

O sol mergulha
na linha do horizonte
dum tempo de bananas em Ituitá
O mesmo laranja que borra o céu
habita a pele mascava de Jade
Guuiado pelo brilho dela
o tapete persa de Aladdin
sobrevoa um campo incendiado
em busca do perfume das jasmins
Deito o ouvido no tronco
pra ouvir as palmeiras crescerem
e não desisto de lustrar a âncora
Ouvi dizer que gênios da lâmpada
habitam qualquer objeto
com vestígios de pó
Por entre as folhagens
de tantos coqueiros
aquele poste de Nárnia
meio bicho e fogo
E o verão ardendo
amarelo e laranja
sobre as escarpas
das suas costas



Lusofonia

Eu queria entender o amor
e por que ele faz a tantos
a vida valer a pena
E talvez eu tenha entendido
quando dei por mim em Porto
contemplando o sobrevoo das gaivotas
E o ir e vir da maré a desmanchar
o ir e vir dos seus passos na areia
que de repente não mais vinham
Eram só
Partida

 

 

 Morangos silvestres

Um altar de pedras na beira da estrada
a caminho da cidadezinha no fim da linha

Ao som de um tango abismos verdes
dançam em quedas d´água

E no céu o tom violáceo de uma tarde que chora
Como se um campo de lavandas
se estendesse sobre nossas cabeças

Às vezes a alegria da viagem é tanta
que a gente não quer chegar nunca

Mas a estrada nunca deixa
de ser atormentada pela saudade
Ora do lar
Ora do paraíso

Cardamomo, tomate seco, pimenta & alho-poró
os cheiros da casinha de minha avó

Alguém lavou as paredes
as xícaras e os lençóis
Mas restam nos objetos
aquela mancha indelével
que atormenta o sono:
As paixões de verão
e a solidão das noites

 

 

 

*

 

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Página ampliada em fevereiro de 2021        


 

 

 
 
 
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